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Picadas de mosquito e lesões nos pés ajudaram PMs a identificar suspeito após 12 dias de fuga pela mata
Geral
Publicado em 24/04/2023

O suspeito Isaías Pereira da Silva, de 40 anos preso nesta sexta-feira (21) pelo Batalhão Rodoviário da Polícia Militar apresentava muitas marcas de picadas de mosquitos pelo corpo e lesões nos pés. Esses foram os principais indícios que levaram a polícia a deduzir que ele estava entre o grupo de criminosos que está sendo perseguido em áreas de mata.

A busca pelo bando, com cerca de 20 criminosos que tentaram assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT), conta com uma força-tarefa de 350 policiais de cinco estados. A ação é chamada de Operação Canguçu. Até este sábado (22), dois homens foram presos e seis morreram em confrontos com a polícia.

Esta última prisão aconteceu após o ônibus ser parado em um bloqueio na TO-080, próximo do Parque Estadual do Cantão, pelo Batalhão de Polícia Militar Rodoviário e Divisas (BPMRED).

O g1 e a TV Anhanguera tiveram acesso ao relatório da prisão do suspeito. Durante a abordagem os militares verificaram que ele estava viajando sem qualquer bagagem, usando roupas recém-compradas que escondiam as picadas e lesões nos pés. Também usava duas meias para estancar sangue em ferimentos.

Durante a entrevista aos passageiros, o homem começou a dar informações contraditórias. Ele foi levado para a central de Flagrantes de Paraíso do Tocantins e negou participação na tentativa de assalto a transportadora de valores em Confresa (MT).

Apesar disso, diante dos indícios a polícia o autuou em flagrante por roubo com emprego de explosivos, sequestro e cárcere privado, organização criminosa e posse de arma de fogo proibida.

Ele não teve o direito de pagar fiança para responder em liberdade, mas ainda deverá passar por audiência de custódia. O relatório da prisão aponta que o suspeito tem uma extensa ficha criminal por assalto a bancos em São Paulo.

Entenda

A caçada aos criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa (MT) e fugiram para o Tocantins pelos rios Araguaia e Javaés começou no dia 10 de abril. Os suspeitos estão espalhados em uma grande faixa de zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis, Araguacema, Caseara e também na Ilha do Bananal.

Durante a fuga os criminosos também aterrorizaram fazendas no Tocantins e fizeram reféns. O medo passou a fazer parte do cotidiano dos moradores da zona rural, onde os serviços públicos e a locomoção têm sido prejudicados. Nesta sexta-feira (21), a população recebeu cestas básicas.

A caçada por eles conta com uma força-tarefa de 350 policiais de cinco estados. A ação é chamada de Operação Canguçu.

O último confronto entre a polícia e os criminosos aconteceu próximo ao povoado Café da Roça, na zona rural de Pium, na terça-feira (18), quatro suspeitos morreram. Os corpos foram localizados no dia seguinte. 

Ao longo da operação o comandante da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Barbosa, enfatizou que os policiais só sairão da região, quando todos os criminosos forem capturados. Nesta semana ele afirmou que é questão de tempo até que todos sejam neutralizados.

As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.

Durante a operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.

Material apreendido durante força-tarefa na zona rural de Pium — Foto: Divulgação/PM

 

Fonte: Olhar Alerta

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