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Calor e pets: os principais erros que os tutores cometem com os cães nas altas temperaturas
Geral
Publicado em 16/11/2023

O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 37,7°C de temperatura máxima em São Paulo na última terça-feira (14). Essa foi a segunda maior já registrada pelo Inmet, na capital paulista, pelo menos desde 1943. Para ajudar os tutores de pets a não cometerem erros com seus filhos de quatro patas, que também sofrem com o calor, o RPet conversou com especialistas que elencam os principais pontos de atenção nessa época do ano.

Fernando Lopes, adestrador e comportamentalista animal, comenta que um dos erros mais comuns dos tutores é passear em horários em que a temperatura está elevada e o asfalto quente, como às 12h, porque pode queimar as patas e desidratar o bicho. "O indicado é ir muito cedo, ou à noite, quando a temperatura do piso já está resfriado", ensina.

Colocar sapatos nos cães, para andar nesses horários, também pode trazer perigos à saúde deles. "Os cachorros têm uma parte da transpiração nas patas. Então, não podemos sufocá-las", explica o adestrador.

Esther Halfon, veterinária integrativa, diz que "deixar o animal sozinho no carro fechado pode fazê-lo sofrer hipertermia — quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal — e evoluir para óbito".

Ela lembra que dar alimentos pesados também pode ser prejudicial. "Casos de problemas gastrointestinais aumentam bastante no calor", afirma.

Coleiras, banhos e tosa

Além desses, deixar o pet preso por coleiras em áreas sem refúgio e sem sombras entra na lista de erros, segundo Dayane Farinazzo, médica veterinária e sócia-proprietária da Clínica Consulta Pet. "O material da coleira pode esquentar e causar queimaduras graves no animal. Uma coleira de ferro, em poucos minutos exposta ao calor, fica extremamente quente", exemplifica.

Banhos muito quentes e tosar os cachorros sem orientação também não são recomendados. "A temperatura dos cães é maior que a nossa, portanto, os banhos devem ser mornos para frios", Esther.

"Apesar da sensação de frescor que parece gerar quando tosamos animais peludos, essa prática pode causar uma desregulação térmica no pet. Em vez de tosar, dar banhos refrescantes nos dias muito quentes pode ser uma alternativa divertida. Aproveite para tomar um banho de mangueira e fazer muita bagunça com o seu peludo, mas atenção quando for secá-lo", recomenda Dayane.

 

Fernando complementa as colegas e diz que o tutor deve se atentar a não exagerar na quantidade de vezes que lava os animais. "Os pets não podem tomar muitos banhos. Isso pode trazer problemas de pele para o cão", finaliza.

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