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957 Casos em Mato Grosso: Balanço e Audiência Pública destacam Urgência no Combate à Violência Doméstica
Geral
Publicado em 05/03/2024

A violência contra mulheres em Mato Grosso revela números alarmantes, conforme apontado no balanço divulgado pelo Ministério da Mulher nesta segunda-feira (4). O estado registrou 957 chamadas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 ao longo de 2023, tornando-se o estado da região Centro-Oeste com o menor número de denúncias.

A audiência pública agendada para o próximo dia 15 em Lucas do Rio Verde, liderada pela Senadora Margareth Buzetti, ganha ainda mais relevância diante desse cenário preocupante. O evento visa reunir forças de segurança, judiciário, ministério público e poder legislativo para debater ferramentas disponíveis e promover a conscientização no combate à violência doméstica. Com transmissão pela TV Senado, a audiência busca abordar lacunas no sistema de proteção às mulheres e propor soluções efetivas.

“A ideia é reunir todos os agentes que fazem parte da rede de proteção às mulheres”, explicou Margareth. A presidente da Câmara de Vereadores, Sandra P. Barzotto, expressou sua gratidão pelo comprometimento da senadora com a causa, afirmando que a audiência será crucial para avançar na luta contra a violência doméstica. Já a primeira-dama do município, Janice Angeli Ribeiro, ressaltou a importância do evento para somar esforços na batalha contra a violência às mulheres em Lucas do Rio Verde, agradecendo pela parceria com a senadora.

A audiência integra as atividades do Mês da Mulher na Câmara de Lucas do Rio Verde. Em um contexto onde a violência doméstica se faz presente, a cidade já presenciou casos emblemáticos de feminicídio que clamam por uma resposta efetiva da sociedade e das autoridades competentes.

O balanço nacional revela que, em 2023, foram recebidas 568,6 mil ligações para o Ligue 180, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Além disso, as violações de direitos das mulheres subiram de 442,4 mil para 596,6 mil, representando um aumento de 25,8%. As denúncias mais recorrentes incluem ameaças à integridade psíquica, física, negligência ou patrimonial.

No contexto dos casos de feminicídio em Mato Grosso, 2023 contabilizou 46 tragédias, uma média de quatro por mês. O estado se viu marcado por eventos que chocaram a população, como o assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni em Cuiabá, encontrada espancada e asfixiada dentro do próprio carro, assim como a descoberta de uma mãe e três filhas, violentadas e degoladas em Sorriso no final do ano passado.

Entre esses casos, destacam-se também os trágicos acontecimentos de 2024 envolvendo Francisca Alves Nascimento, Mayla Rafaela Martins e Camila Brito da Silva. Cada uma dessas mulheres foi vítima de feminicídio, revelando lacunas no sistema de proteção.

O caso de Francisca Alves Nascimento chocou a comunidade de Lucas do Rio Verde. Assassinada a facadas pelo ex-marido, Marcelo Ochoa de Freitas, ela havia denunciado o agressor por violência doméstica em duas ocasiões, em março de 2022 e dezembro de 2023. A impunidade em casos como esse é um incentivo para a repetição do crime, levando à necessidade de respostas do Congresso Nacional.

O empresário Jorlan Cristiano Ferreira foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso pelo feminicídio de Mayla Rafaela Martins. Embora as motivações do crime sejam divergentes, o MPMT considerou o assassinato como praticado por motivo torpe. A jovem, antes de sua morte, revelou a amigos que vinha sendo perseguida pelo empresário com quem mantinha relações sexuais em troca de dinheiro.

Já o feminicídio de Camila Brito da Silva teve um desdobramento que revela a complexidade desses casos. O mandante do crime foi preso em Barra do Garças, tentando fugir para outro estado. O ex-marido de Camila confessou o crime, alegando que a vítima tinha envolvimento com crimes e ele vinha recebendo ameaças.

Diante desse panorama, a urgência na adoção de medidas efetivas fica evidente, reforçando a importância de eventos que visem conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a necessidade de ações concretas para deter a violência doméstica.

Fonte: Momento MT

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