O mercado de soja brasileiro viveu uma semana de intensa atividade, com a comercialização de 4 milhões de toneladas do grão – o melhor desempenho desde julho de 2023.
Essa performance foi impulsionada por diversos fatores, como a melhora dos preços da oleaginosa no mercado interno e internacional, a necessidade dos produtores de fazer caixa para honrar seus compromissos financeiros e a proximidade do fim das safras da América do Sul.
A colheita da safra de soja 2023/24 atingiu 62,25% da área total, um ritmo similar ao do ano passado, mas abaixo da média histórica para o período (64,60%). O Centro-Oeste, Sudeste e Paraná são as regiões mais avançadas.
Do total negociado na semana, 90% foram destinados à exportação, principalmente para a China. Os contratos visam embarques para abril, maio e junho, e refletem a necessidade de complementar negócios e navios.
Os preços da soja nos portos brasileiros registraram um aumento significativo, chegando a R$ 10,00 por saca em relação ao menor valor registrado nas últimas semanas. Essa recuperação é atribuída à melhora do mercado internacional, com a cotação na Bolsa de Chicago subindo entre 3,25 e 4,25 pontos por bushel.
Apesar da recuperação, especialistas alertam que a volatilidade deve persistir até que o clima nos EUA e as primeiras notícias da safra norte-americana de 2024/25 sejam conhecidas. Na próxima semana, o mercado estará atento às projeções das empresas privadas sobre a área de plantio de soja nos EUA. Se confirmarem a estimativa do USDA, de aumento da área de soja, os preços podem cair.
Março deve se encerrar com a exportação recorde de 13 milhões de toneladas de soja, um marco histórico para o país. Essa performance reforça a importância da soja para a economia brasileira e a necessidade de acompanhar de perto as oscilações do mercado para aproveitar as oportunidades que surgirem.
Fonte: Pensar Agro