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Corpo de mulher atropelada e arrastada na Marginal Tietê é velado nesta sexta em SP
Tainara Souza Santos passou por várias cirurgias, mas morreu na quarta-feira (24). Autor do crime, Douglas Alves da Silva está preso.
Por Administrador
Publicado em 26/12/2025 09:45
Geral
Tainara Souza Santos — Foto: Arquivo pessoal

O corpo de Tainara Souza Santos, 31 anos, que morreu na quarta-feira (24), após ficar internada por 25 dias depois de ser atropelada e arrastada por um homem na Marginal Tietê está sendo velado nesta sexta-feira (26) no Cemitério São Pedro, na Zona Leste de São Paulo. O sepultamento será às 12 horas. 

Familiares e amigos chegaram ao local com camisetas e faixas em referência à Tainara e pedidos de justiça.

Ela deixa dois filhos: um menino, de 12 anos, e uma menina, de 7 anos. Tainara estava internada no Hospital das Clínicas desde 29 de novembro, na capital paulista, e passou por cerca de cinco cirurgias de alta complexidade.

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no dia 30 de novembro e segue na penitenciária. O caso passou a ser investigado como feminicídio.

Quem era Tainara

“Era uma batalhadora. Trabalhava de forma autônoma, era muito amada por sua família e pelas amigas. Uma pessoa alegre, com boas amizades. O caso comoveu toda a comunidade”, afirmou o advogado da família, Wilson Zaska.

Querida, alegre, doce e amante da dança. É assim que amigas de infância descrevem Tainara. "Ela era muito querida, uma pessoa feliz, não via ela triste. Amava dançar e cantar, essa era a vibe dela. Eu estou acabada", disse Edna Marinho, amiga da vítima, à TV Globo, quando ela ainda estava internada.

Veja cronologia do caso

29 de novembro — atropelamento e arrastamento na Marginal Tietê

O crime ocorreu por volta das 6h da manhã, após Tainara deixar um bar no Parque Novo Mundo, na Zona Norte. Ela havia passado a madrugada em um forró com uma amiga e um conhecido.

Segundo testemunhas, o ex-ficante, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, apareceu no local com ciúmes, iniciou uma discussão e, depois, aguardou Tainara do lado de fora.

Douglas entrou em um Volkswagen Golf preto e avançou com o carro contra a vítima. Tainara caiu, ficou presa sob o veículo e foi arrastada por mais de um quilômetro pela Avenida Morvan Dias de Figueiredo até a Rua Manguari, nas proximidades da Marginal Tietê. Pessoas tentaram impedir o arrastamento, mas o motorista fugiu.

Câmeras de segurança registraram a ação.

30 de novembro — prisão do suspeito e primeira cirurgia

Douglas Alves da Silva foi preso no dia seguinte ao crime e teve a prisão mantida em audiência de custódia.

No mesmo dia, Tainara foi socorrida em estado gravíssimo e levada ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Segundo familiares, ela passou pela primeira cirurgia ainda no dia 30 de novembro, em procedimento emergencial para conter hemorragias e estabilizar o quadro clínico.

1º de dezembro — amputações das pernas

Devido à gravidade das lesões provocadas pelo arrastamento, Tainara precisou ter as duas pernas amputadas abaixo do joelho. O estado de saúde era considerado crítico, e ela permaneceu internada na UTI.

2 de dezembro — nova cirurgia de estabilização

No dia 2 de dezembro, Tainara passou por outra cirurgia, desta vez para procedimentos de estabilização da bacia e controle de infecções, segundo pessoas próximas à família.

6 de dezembro — prisão convertida em preventiva

No dia 6 de dezembro, a Justiça converteu a prisão de Douglas em prisão preventiva, considerando a gravidade do crime e o risco à ordem pública.

7 de dezembro — agressor vira réu

No dia seguinte, o Ministério Público apresentou denúncia, que foi aceita pela Justiça. Com isso, Douglas Alves da Silva passou à condição de réu, respondendo por tentativa de feminicídio. A tipificação foi posteriormente alterada após a morte da vítima.

8 de dezembro — transferência para o sistema prisional

Douglas foi transferido da carceragem da polícia para uma penitenciária do estado de São Paulo, onde permaneceu preso preventivamente.

16 de dezembro — cirurgia com enxertos de pele

Após dias de internação, Tainara passou por mais um procedimento cirúrgico, com enxertos de pele nas regiões afetadas pelas amputações e ferimentos causados pelo arrastamento.

22 de dezembro — quinta cirurgia e agravamento do quadro

Dois dias antes da morte, Tainara foi submetida à quinta cirurgia, que incluiu novos procedimentos de reconstrução, enxertos de pele na região dos glúteos e traqueostomia para retirada do tubo respiratório.

Após a cirurgia, o estado de saúde se agravou, e o organismo passou a não responder às medicações, segundo familiares.

24 de dezembro — morte na véspera de Natal

Tainara morreu por volta das 19h de 24 de dezembro, no Hospital das Clínicas, após quase 25 dias internada. Com a confirmação do óbito, a Polícia Civil reclassificou oficialmente o caso como feminicídio consumado.

Fonte: Por Lucas Jozino, TV Globo e g1 SP

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